segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FoG, mais que um clã, uma familia! - Cap. 1

Não era um outro dia como outro qualquer... Os portos de Alberta se encontravam tumultuados, haviam murmúrios que uma revolução aconteceria em Rune Midgard. Por mais que Tristan III anunciasse que não haveria problemas, as pessoas corriam, tentavam sair do continente principal.
Da janela de seu quarto, um jovem via o tumulto que se encontrava naquele cinzento e chuvoso dia... Parecia que os boatos eram apenas boatos para aquele jovem, pois seu olhar era de total desprezo.
- Patético! - Disse o rapaz.
- O que é patético, jovem senhor?! - Disse um empregado, parecia ser um mordomo.
- Essas pessoas... Como podem?! Acreditar em uma besteira tão grande! Não sabem a verdadeira essência da luta! Fracos!
- Nem todos são como o senhor...
O rapaz apenas olhava a aglomeração das pessoas: mulheres, homens, crianças e velhos... Haviam chamado a guarda de Prontera para ajudar na confusão formada pela população. Daquela casa, ouve-se o gritar de um nome... O jovem rapaz atende, era a janta sendo posta.
No andar de baixo, tinha uma luxuosa e requintada mesa de jantar, nela, estava um casal: um senhor, de mesclados cabelos castanhos e grisalhos, com um volumoso bigode de mesma tonalidade, tinha por volta de 50~60 anos, parecia ser monarca ou um grande burguês, trajava um manto azulado, como um roupão, porém de grande nobreza; e a senhora, uma dama refinada, de longos e cacheados cabelos dourados como o fio de ouro, trajava um vestido de tons claros e muita jóia e era bem mais jovial que seu esposo, não lhe dava mais que 40 anos. Ambos sentados, esperando o rapaz que estava no andar superior... E este, apareceu no recinto, com a mesma cara cerrada de sempre.
- Estou aqui minha mãe... O que quer!?
- Ah filho... - Disse a mulher com um semblante de felicidade. - Apenas sente-se... Vamos jantar... Pedi para a criada fazer sua comida preferida!
- Muito obrigado... Mas... - Disse o Rapaz.
- Tudo bem filho... - Disse a mãe.
- Tudo bem nada!! Garoto! Não gosto dessa cara! O que está acontecendo!? - Diz o pai enfurecido. - Faz dias que você está neste... Nesta... Com essas expressões e desgostos!
- Nada, meu pai! É apenas as patéticas pessoas que estão se amontoando nos portos! Pessoas ridículas...
- Mas por que pensas assim meu filho?! - Pergunta o pai. - Esses bando de pobres coitados...
- Não gosto disto... Acho falta de dignidade... Eles não sabem enfrentar as coisas! Não tem espírito de luta...
Após as falas do filho, o casal parecia se calar... O senhor que estava de pé, ajeitou-se novamente na confortável cadeira, a senhora, apenas confortava seu marido e olhava para o filho.
- Meu amor... Vamos lá... Coma um pouco... - E fitava o filho com um singelo sorriso.
- Humph... - Apenas fez o rapaz, que também se ajeitava na cadeira à frente do prato.
Alguns minutos se passaram no mais profundo silêncio. Ao fundo, ouvia-se o som da chuva batendo nos vidros, o som dos relâmpagos e bem ao fundo, no fundo mesmo, os gritos das pessoas. O rapaz, que parecia concentrado cortando um bife, abriu a boca... Do nada...
- Estava pensando em mediante a isso, meu pai... Quero fazer um clã...
O pai, ao ouvir, engasgou-se... Jogou o guardanapo à mesa e levantou-se em fúria...
- Nada disso!! - Bufava. -Filho meu não vai a guerra!!
O rapaz olhava o pai com uma expressão "não te entendo". Achando que o pai estava se enganando ou apenas querendo irritar o genitor, ele também levantou e foi encará-lo.
- Sim meu pai! Farei um clã! O senhor vai ver!! E revolucionarei esta terra de ninguém!! E saberão que, um boato é apenas um boato, para que não fiquem como patéticos e perfeitos idiotas arriscando inutilmente a própria vida para nada!!
- Cale-se!! Já para o quarto!
E o rapaz foi... Tão revoltado quanto o pai, subiu as escadas com passos firmes e batendo violentamente a porta do quarto. Os pais se encontravam inconsoláveis... A mãe abanava o esposo que parecia estar tendo um ataque cardíaco.
- Só espero que não siga o mesmo caminho que o meu....

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